segunda-feira, 28 de junho de 2010

65 anos de Raul

Hoje Raul Seixas completaria seus 65 anos de uma existência que, mesmo após duas décadas de sua morte ainda deixa marcas e saudades.
Não fosse o seu estilo, seu comportamento ou ideais, ainda assim, o que não sai da cabeça e o mantém inesquecível é a sua música. MUSICAS, melhor dizendo e foram muitas.
Sob influência do que fora chamado contracultura e propagando o movimento do desbunde, Raul defendeu quebrar pardigmas, mas o que a sua expressão cultural e artística realmente deixa como principal mensagem é a busca pela consciência, estarmos atentos às tensões de nossos tempos, ainda assim, buscarmos a liberdade, defendo a nossa existência, é ainda, uma esperança. Utopias. Não esquecemos.
A "mosca da sopa" e o "carpinteiro do Universo" deixa-nos ainda o ideal de buscar a união das vontades individuais na construção de uma sociedade mais alternativa. Pois como dizia PRELÚDIO, "sonho que se sonha junto é realidade".
Wendy

domingo, 27 de junho de 2010

"A sabedoria própria dos sábios consiste em uma extraordinária dose de bom senso (Reitor W. R. Inge)

As respostas prontas nunca satisfazem por completo aos verdadeiramente sábios, porque as recebem sempre incompletas, na medida em que falta a interpretação, inerente à recepção ativa dos pensadores. Mas, é aquela velha história, "algumas pessoas só escutam o que querem ouvir". "Não querem se dar ao trabalho de pensar". Ou "se acham donas da verdade". E mais velha ainda (aplica-se aqui um antigo clichê?), "as respostas estão dentro de nós". Talvez sim, no sentido em que cada um tem a sua própria verdade, porque as frases, os enunciados, as idéias nunca estão completas, dependem sempre do outro para existirem, para serem ouvidas, para serem interpretadas.
Não, não me perdi no caminho, ainda falo de bom senso.
Mas, o que tem então, isto a ver com a sabedoria própria dos sábios?
Ué, para saber é preciso pensar.
Que papel tem esse pensamento em cada questão que nos intriga?
É por esta via que se descobre, que se compreende, que se encontra a lógica, que se constrói outros pensamentos. E daí, provém muita sabedoria.
Seria este o grande primeiro passo para adquirir bom senso e aproximar-se do saber do saber?
A maioria das questões que confrontam a nossa vida diária não precisam ser respondidas, mas pensadas. E assim pensando, questionando, raciocinando, vive-se melhor, compreende-se melhor aos outros, ao mundo e a si mesmo.
Mas isso não se consegue de uma hora para outra - tenha bom senso! - vem do constante exercício do pensar. Os resultados vão depender do processo, de como você descobre que é impossível saber de tudo, que você pode sim estar errado, que as pessoas mais simples podem saber muita coisa mais do que você, que as emoções podem governar seus pensamentos e que talvez você não as controle tanto assim. E talvez você comece a perceber que o mundo não é só o que você vê, que os pré conceitos e julgamentos embaçam as suas vistas, que as idéias dos outros não são sempre piores do que as suas e que você não tem que acreditar sempre neles, mas também na intuição. Ou, talvez, você já tenha pensado no assunto, e comece a se perguntar por que o mundo do trabalho prioriza tanto mais a prática do que a teoria e como você pode mudar seu mundo a partir do pensamento.
Nesse movimento de encontrar-se no mundo e ao mundo em si mesmo, também se encontra a sabedoria. Tudo começa no ato de pensar. Isso é questão de bom senso. Foi Inge quem disse isso.

Wendy M. A.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

O que Freud NÃO explica?


O senso comum transformou a psicanálise em uma caricatura na frase “Freud explica”. Como dizem que Freud tinha um senso de humor refinado vamos homenageá-lo e rir um pouco com a seguinte enquête:Se Freud explica quase tudo o que será que Freud NÃO explica então?

quinta-feira, 24 de junho de 2010

O que significa pensar?

Boa pergunta para inaugurar as postagens do nosso blog, hem!?
Muitos filósofos buscaram responder esta questão, às vezes concordando às vezes não com as ideias uns dos outros. Como é de costume acontecer na construção de qualquer conhecimento. Dentre alguns filósofos que respondem a indagação sobre o que é o pensamento está Heráclito quando diz que a lei que governa o mundo e, portanto a mente do homem , é o lógos, que pode ser traduzido(entre outras traduções) por pensamento. Todos os homens pensam, Descartes também compartilha de algo próximo dessa ideia quando diz que, se o homem pensa, logo ele existe! Mas para Heráclito existe uma profunda diferença na maneira de pensar dos indivíduos, para ele alguns ainda permanecem “adormecidos” seriam aqueles que se limitam a percepções imediatas, ao senso comum. Em contrapartida existem os “despertos”, aqueles que utilizam o lógos de maneira consciente. Veja que interessante, segundo Heráclito todos tem o lógos, mas só os “d-espertos” sabem! E o sabem porque pensam. Lembremos aqui de Sócrates e a ideia de que a consciência da própria ignorância já é uma forma de conhecimento. Sábio então seria aquele que admiti não saber, mas que busca incessantemente conhecer a si mesmo. Mas isso não é uma tarefa fácil...Pensar...Despertar...Conhecer...A si mesmo então!
Para ilustrar quão difícil é utilizarmos tal capacidade termino este post com Heráclito:
“Os confins da alma nunca poderás encontrar,
por mais que percorras os seus caminhos,
tão profundo é o seu lógos.”

Pollyanna Paiva Santos da Rocha

O homem, a dúvida e a Filosofia