quinta-feira, 1 de julho de 2010

Laços FORTES


Na sociedade contemporânea é bem comum nos depararmos com alguém que mantêm, pretende manter ou já manteve algum relacionamento virtual. Inclusive - e principalmente para muitos - relacionamentos amorosos. As comunidades virtuais e redes de relacionamento como msn, orkut e twitter vem transformando o cotidiano das pessoas prinicpalmente nas formas de se relacionarem. O contato físico passa para o contato virtual. A sua vida passa por um quase "big brother" individual onde ao invés de câmeras, temos o computador, o qual tem sua própria câmera e instrumentos de vigília. Essa abertura do "livro da vida" para o "mundo todo" é opcional, além de individual e, também, condição indispensável para a "sobrevivência" na sociedade virtualizada.
Para exemplificar, conto um fato que me ocorreu recentemente:
Um dia desses, resolvi verificar o que minha mãe fazia à noite, sozinha, em um escritório dentro de casa, com luz acesa, de frente para o computador. Não era trabalho de escola, não era jogo, não era trabalho, mas, sim, eram as redes e comunidades virtuais que prendiam sua atenção e às vezes arrancavam dela umas boas gargalhadas. Que engraçado! - Pensei eu. Nem se me pagasse eu faria um negócio desses, ficar digitando tudo o que eu quero falar... É mais fácil ligar para a pessoa... Idéia de doido...
Depois, comecei a reparar que, minha mãe, minhas tias, minha irmã, minhas amigas, meus colegas de faculdade e de trabalho e, pasmem, até meu namorado, tinham perfis e AMIGOS, é, amigos virtuais.
De lá pra cá começaram a me perguntar se eu tinha orkut, msn, facebook e mais um monte de coisas que eu nem sabia usar. E mais, eu era estranha. "VOCÊ NÃO TEM ORKUT?" com indignação, era o que eu sempre ouvia.
Resolvi então, me aventurar nessas viagens pelas interfaces digitais e hoje já consigo admitir com pouco orgulho que mantenho um pequeno capital digital no orkut e no twitter. Mas não foi exatamente como me falaram. No início, mil maravilhas. Você pocura todos os seus amigos, os segue, eles te seguem, numa eterna troca de "teclagens". Mas chega uma hora que você fica cansado de digitar, começa a abreviar palavras e as frases começam a ser tão parecidas quanto a sua rotina. Você não sabe mais para quem você perguntou uma coisa que outra pessoa está te respondendo. e você não consegue acompanhar o ritmo dos "24h plugados". Aí, você começa a perder seguidores, porque você não tem mais tanto pra falar - e não é todo mundo que gosta de expor sua própria vida - eu não gosto!
A primeira coisa que você vê no twitter é uma pergunta: "what is happening?"
"Nothing" ou "não interessa" seria melhor dizer. Mas seus amigos querem saber. Se você não diz, ninguém te segue. É um eterno ciclo vicioso. Aliáz, eu já falei que a internet vicia? É só uma suposição, mas, voltando à história, eu agora só escrevo o que quero e quando quero e o meu lema no twitter é: "sigam-me os bons" - talvez por isso eu só tenha 9 segidores. Mas tudo bem. O importante é que eu mantenho os meus relacionamentos físicos e, mesmo que eu não mantenha um contato virtual constante com os meus amigos que estão distantes, é sempre bom fazer uma visita. Agente passeia, faz uma surpresa pro amigo e ainda coloca o papo em dia. De qualquer forma, eu não poderia digitar tudo o que tenho pra falar com uma verdaderia amizade. E além do mais, é bom que eu evite aqueles tais 'laços fracos" de que falam Dunbar e Bernad... é sempre bom conversar e, às vezes, é bom teclar.

Referência:http://veja.abril.com.br/080709/nos-lacos-fracos-internet-p-94.shtml

Wendy M. A.

3 comentários:

  1. Olá.
    Parabéns pelo blog.
    Aguardamos a visita em nosso.
    http://filpsist.blogspot.com/
    Bom final de semana

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  2. só experimentando para poder opinar, e foi o que você fez.
    Parabéns!

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  3. Parabens pelo blogg esta genial nos seus temas aguardo a vossa visita nos meus um feliz sucessso

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