quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A POSTURA DOS SOFISTAS

A postura dos primeiros professores da filosofia ocidental era apenas de transmitir informações e opiniões. Os mestres sofistas usavam da retórica para aliciar a platéia e assim manter seu status de mestre, pois era através deste que conseguiam jovens que almejassem a carreira política e pagassem por suas “aulas”. Desprezados pela elite intelectual ateniense, pois muitos sofistas eram metecos (estrangeiros) e não possuíam os direitos de cidadania grega, esses filósofos contribuíram na medida em que foram os primeiros a colocar os problemas do homem no centro da reflexão filosófica.
Então mesmo que o método dos sofistas seja questionado e até criticado tanto no passado quanto hoje, não podemos negar que muitas instituições, inclusive as escolas, utilizam essa forma de transmissão do saber e com muita "propriedade", pois as igrejas evangélicas são as que mais crescem no país, graças a retórica de seus pastores, grande parte de nossos políticos (a maioria corrupta!) tem cadeira garantida nas câmaras, graças a sua capacidade de conseguir adesão e consenso, através da oratória.
Neste sentido a metodologia em EAD se coloca como um ensino inovador e emancipador pois difere totalmente da postura dos mestres sofistas em vários aspectos. Por exemplo, os sofistas gostavam de atuar para grandes platéias e buscavam através da retórica conseguir a atençâo, a adesâo e o consenso dos ouvintes. Já a metodologia em EAD, busca através de pequenos grupos construir um conhecimento que não seja meramente informativo e homogêneo.Em se tratando de ensino a distância, a figura do mestre é pouco destacada, na verdade nem existe um. quem faz as vezes de orientadores dos alunos pela busca do conhecimento são os tutores, os materias disponíveis pelos profissionais especializados em determinado assunto e a própria tecnologia.
Ao longo da História da educação conhecemos várias posturas de mestria, percebemos que a educação é fruto de seu tempo, se antes a instrução era tida como conhecimento e até mesmo status, hoje não podemos medir o conhecimento de alguém pela “bagagem” que ele carrega e/ou tenta transferi-la a outrem. Em tempos de globalização, de avanços tecnológicos, de universalização do ensino, os paradigmas educacionais devem ser revistos e transformados para que os mestres passem de meros instrutores de alunos, de simples transmissores de informações, para orientadores de conhecimento.Conhecimento este que, levará os alunos à autonomia intelectual e a emancipação enquanto cidadão.

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